sexta-feira, 25 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Oriah Mountain Dreamer


Uma Mulher... Oriah Mountain Dreamer Uma Anciã Nativa Americana


"Não me importa o que você faz para sobreviver. Quero saber qual a sua dor e se você tem coragem de encontrar o que o seu coração anseia. Não me importa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscaria parecer com um louco por amor, pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me importa saber quais planetas estão quadrando sua lua. Quero saber se você tocou o âmago de sua tristeza, se as traições da vida lhe ensinaram, ou se omitiu por medo de sofrer. Quero saber se você consegue sentar-se com as dores, minhas ou suas, sem se mexer para escondê-las, diluí-las ou fixá-lasQuero saber se você pode conviver com alegria, se pode dançar com selvageria e deixar o êxtase preenchê-lo até o limite sem lembrar de suas limitações de ser humano.Não me importa se a estória que você me conta é verdadeira. Quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro para si mesmo, se pode suportar a acusação da traição e não trair sua própria alma. Quero saber se você pode ser fiel e consequentemente fidedigno. Quero saber se você pode enxergar a beleza mesmo que não sejamos bonitos todos os dias, e se pode perceber na sua vida a presença de Deus. Quero saber se você pode viver com as falhas, suas e minhas, e ainda estar de pé na beira do lago e gritar para o prateado da lua cheia... "Sim"!Não me importa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem. Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de pesar e desespero, exausto, e fazer o que tem de fazer para as crianças.Não me importa saber quem você é, ou como veio parar aqui. Quero saber se você estará ao meu lado no centro do fogo sem recuar. Não me importa saber onde, o que, ou com quem você estudou. Quero saber o que sustenta o seu interior quando todo o resto desaba. Quero saber se você pode estar só consigo mesmo e se verdadeiramente gosta da companhia que carrega em seus momentos vazios
Oriah Mountain Dreamer (Uma Anciã Nativa Americana)

A simplicidade, de tão rara, está além. Além de que? você pode perguntar. Além das projeções e medos, além das dúvidas e certezas. Além...Honremos a beleza e a delicadeza do espírito, que permite a todos conquistarem as suas vitórias. (Jamie Sams & David Carson)

sábado, 12 de junho de 2010

Kandinsky

Obra Prima do Dia (Semana Kandinsky)
Pintura - O Cavaleiro Azul (1903)
Kandinsky, que também tinha talento musical, uma vez disse que o teclado é a Cor, os olhos são a Harmonia, o piano com suas muitas cordas, a Alma. O artista é a mão que domina o instrumento, ora tocando uma nota, ora outra, para provocar vibrações na alma. Esse conceito que une a cor à harmonia musical tem longa história, já intrigou cientistas como Sir Isaac Newton. Kandinsky especulava com a cor, e criou uma teoria associando a nota com o timbre, a tonalidade com o alcance do som, e a saturação com o volume do som. Chegou a dizer que quando via Cor ouvia Música.
A influência da música foi muito importante no nascimento da Arte Abstrata, pois por sua natureza, a música é abstrata – não tenta representar o mundo exterior mas sim expressar de forma imediata os sentimentos íntimos da alma humana. Kandinsky muitas vezes usou termos musicais para designar seus trabalhos: chamou algumas de suas obras mais espontâneas de "Improvisações", e as mais elaboradas de "Composições".
Além de pintar, Kandinsky fez-se ouvir como teórico da arte. Na verdade, sua influência na História da Arte Ocidental talvez derive mais de suas obras teóricas do que de suas pinturas. Ele colaborou na fundação da Associação de Novos Artistas e foi seu presidente, em 1909. O grupo não conseguiu integrar a abordagem dos mais radicais, como Kandinsky, com grupos mais convencionais e acabou por se desfazer, em 1911. Kandinsky então passou a integrar um grupo novo, O Cavaleiro Azul (Der Blau Reiter), formado por ele e por outros artistas. Eles lançaram “O Almanaque do Cavaleiro Azul” e organizaram duas exposições. Os planos eram muitos mas a irrupção da Primeira Guerra Mundial, em 1914, encerrou suas atividades e Kandinsky teve que voltar para sua terra natal, via Suíça e Suécia.
As ideias do pintor em “O Almanaque do Cavaleiro Azul” e em “Do Espiritual na Arte”, lançados quase que ao mesmo tempo, serviram para defender e promover a Arte Abstrata, numa análise que conclui que todas as formas de arte são igualmente capazes de atingir um alto nível espiritual.
A tela “ O Cavaleiro Azul” nos mostra uma pequena figura, um cavaleiro com a capa azul esvoaçando, em alta velocidade, cruzando um campo rochoso. A sombra provocada por ele também é azul. Não está muito claro se carrega uma criança nos braços. A ideia de Kandinsky era incluir o espectador na paisagem; o movimento é sugerido pelas diversas cores que ele usou e não por detalhes específicos. Essa tela é uma das primeiras manifestações do caminho que o artista iria trilhar nos anos vindouros.